O Afro Punk voltou a transformar Salvador em uma constelação de cores profundas, corpos afirmados e expressões que caminham sem medo. Durante dois dias intensos, o Parque de Exposições se tornou um território onde identidades dançaram livres, onde o que se veste também fala, e onde cada pessoa chega para anunciar:
“Eu estou aqui, e eu existo do meu jeito.”
O Portal JBN Bahia marcou presença representando o Subúrbio com orgulho.
Da Boa Vista do Lobato para o mundo, os repórteres Jhonatanbiths e Nice Pururuk circularam entre os corredores da festa, entrevistando pessoas de bairros, estados e países diferentes.
O Quiz JBN Bahia virou espelho das vivências do público, revelando sentimentos que não cabem em uma só palavra.
As perguntas eram diretas, mas profundas:
• O que o Afro Punk representa na sua vida?
• Qual banda é a cara do Afro Punk?
• O que você veio mostrar aqui hoje?
• Como você define a energia desse festival?
• Por que é importante esse evento existir?
O resultado foi um mosaico de vozes onde cada resposta é um mundo.
As Vozez que fizeram o Afro Punk pulsar
ENTREVISTADOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS
✅ Deise – Brasília (DF)
Nice Pururuk: O que o Afro Punk representa para você?
Deise: “Liberdade.”
Uma palavra curta, lançada como pedra sagrada. Firme. Inabalável.
✅ Marcelo – Vitória da Conquista (BA)
Jhonatanbiths: O que mais te chama no Afro Punk?
Marcelo: “Liberdade de expressão. Aqui a gente faz tudo.”
✅ Júlia – Recife (PE)
Nice: Como você define a energia daqui?
Júlia: “Um trovão de autoestima. Todo mundo vibra alto.”
✅ Lana – São Paulo (SP)
Jhonatan: O que mais te inspira nesse festival?
Lana: “A coragem. Cada look é uma história inteira.”
✅ Rafaela – Espanha (Madri)
Nice: O que o Afro Punk representa para você que veio de tão longe?
Rafaela: “É emocionante. Aqui eu vejo resistência que dança. Em muitos lugares da Europa ser preta cansa. Aqui, ser preta expande.”
✅ Mamadou – Espanha (Barcelona)
Jhonatan: O que é o Afro Punk no seu olhar?
Mamadou: “É movimento. Aqui, a cultura negra não é tolerada… é celebrada.”
✅ Samuel – Portugal (Lisboa)
Nice: Qual diferença você percebe entre o Afro Punk da Bahia e eventos da Europa?
Samuel: “Aqui a energia não vem do palco. Vem das pessoas. A Bahia é escola.”
Entrevistados da Bahia
✅ Thalita – Cajazeiras (Salvador)
Pergunta: Qual banda é a cara do Afro Punk?
Thalita: “Black Pantera. Eles têm o grito que muita gente guarda.”
✅ Ramon – Feira de Santana
Pergunta: O que você veio mostrar hoje?
Ramon: “Minha ancestralidade. Meu corpo hoje é meu manifesto.”
✅ Kelvin – Subúrbio Ferroviário
Pergunta: Por que o Afro Punk importa?
Kelvin: “Porque aqui a gente se reconhece. Aqui ninguém diminui a gente.”
✅ Kauã – Plataforma (Salvador)
Jhonatan: O que te traz ao Afro Punk este ano?
Kauã: “Ser visto. Aqui ninguém aponta dedo, só celebra.”
✅ Tâmara – Pernambués
Nice: Qual banda traduz o espírito do Afro Punk?
Tâmara: “Afrocidade. É Bahia subindo a temperatura.”
✅ Gustavo – Lauro de Freitas
Pergunta: O que você veio mostrar com esse visual?
Gustavo: “Minha força. Cada acessório meu tem memória.”
✅ Brisa – Itapuã
Pergunta: Como você explica essa energia?
Brisa: “Parece que a gente pisa num chão que devolve orgulho.”
✅ Nadson – Bairro da Paz
Pergunta: O Afro Punk muda o quê na sua vida?
Nadson: “Me faz lembrar que eu sou gigante. Aqui ninguém pede desculpa por ser preto.”
✅ Nina – Sussuarana
Pergunta: Qual mensagem você leva daqui?
Nina: “Ser preto e livre continua sendo uma revolução.”
✅ Rodrigo – Brotas
Pergunta: O que te inspira no festival?
Rodrigo: “Os looks. Cada pessoa parece um planeta particular.”
✅ Lidiane – Camaçari
Pergunta: Qual banda marcou sua noite?
Lidiane: “Karol Conká. Ela veio com presença e verdade.”
✅ Ícaro – Liberdade
Jhonatan: O que o Afro Punk diz para o Subúrbio?
Ícaro: “Que o Subúrbio cria tendência. A gente não segue, a gente lança.”
Pesquisa JBN Bahia: O Afro Punk é Resistência, Moda ou Movimento?
A equipe também realizou um segundo bloco de entrevistas focado nessa pergunta central.
O resultado se dividiu em três ondas:
1. Resistência
Memória, ancestralidade, afirmação.
O Afro Punk como território político.
2. Moda
Criatividade em estado bruto.
Looks que são linguagem, protesto, poesia.
3. Movimento
A maioria das respostas.
O Afro Punk como organismo vivo, mutante, que abraça tudo.
O que o Afro Punk deixa no fim?
Não é apenas música.
Não é apenas estética.
Não é apenas debate.
É um lugar onde o cabelo tem voz.
Onde o corpo vira argumento.
Onde a roupa vira manifesto.
Onde a ancestralidade brinca com o futuro.
Para alguns é respiro.
Para outros é reencontro.
Para todos é potência.
O Subúrbio de Salvador marcou presença.
E o Portal JBN Bahia estava lá para registrar cada brilho, cada fala, cada passo.
Porque quando a gente conta nossas histórias,
ninguém conta pela gente.

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